Anfíbios

Os anfíbios são animais que vivem tanto no meio aquático quanto no meio terrestre (daí o nome amphi = dos dois lados + bios = vida). Vivem no meio aquático (água doce) durante sua fase larval e no ambiente terrestre durante a vida adulta; não perdem, contudo, o vínculo com a água em momento algum de suas vidas.A temperatura corporal dos anfíbios regula-se de acordo com o ambiente externo, logo são ectotérmicos. São divididos em três grupos: anuros, urodelos e ápodes.

Novidade evolutivas dos anfíbios

· Coração com três cavidades (um átrio e dois ventrículos).

· Desenvolvimento de pulmões.

· Pálpebras e glândulas lacrimais, cuja função é a limpeza dos olhos.

· Membrana timpânica, cuja funções é captar ondas sonoras no ambiente.

· Membros superiores e inferiores.

· Pele permeável, o que possibilita trocas gasosas.

· Cintura escapular e cintura pélvica, cujas funções são sustentar o peso do corpo em conjunto com os membros.

· Pescoço, cuja função é suportar o peso da cabeça.

O que faz com que os anfíbios não conquistem, completamente, o ambiente terrestre?

A respiração de alguns anfíbios, como as salamandras, e de suas larvas é branquial. Entretanto, a maioria conseguiu desenvolver respiração pulmonar. Há um problema, no entanto, uma vez que a respiração pulmonar não é suficiente para esses anfíbios. Logo, necessita-se de outros meios de respiração, entre eles a respiração bucofaríngea, que ocorre na mucosa da boca e da faringe, e a respiração cutânea, que consiste em uma difusão entre as células mais externas e o ambiente. Para que esse tipo de respiração ocorra, o corpo dos anfíbios não pode ser revestido por quitina, o que significa que esses animais não são capazes de reter água dentro de sí, precisando sempre estar perto de uma fonte de água.

Ademais, os anfíbios precisam da água para se reproduzir, uma vez que sua fecundação é externa e ocorre dentro da água. Na reprodução desse grupo, que é sexuada, a fêmea despeja os óvulos na água, enquanto o macho despeja seus espermatozoides sobre eles. Após a fecundação, um ovo sem casca é formado. Esse é revestido por uma camada gelatinosa e só se desenvolve em ambiente aquático. Vale lembrar que os animais em questão são dioicos, ovíparos e que seu desenvolvimento é indireto.

· Pele – Como vimos, a pele dos anfíbios é impermeável, não apresenta queratina e, portanto, permite a execução de trocas gasosas. Além disso, é bem fina, altamente vascularizada e úmida. Alguns anfíbios apresentam glândulas produtoras de substâncias tóxicas, liberadas contra predadores naturais. Um exemplo disso são os sapos (anuros), que possuem glândulas paratoides, possuidoras de veneno.

· Respiração – Como já citado, a respiração dos anfíbios ocorre por meio de brânquias durante a fase larval. Já na vida adulta, a respiração ocorre de três maneiras: respiração pulmonar, bucofaríngea e cutânea.

· Sistema digestório – Anfíbios possuem sistema digestório completo, dotado de boca, faringe, esôfago, intestinos delgado e grosso e ânus. Além disso, a digestão é extracelular, e o sistema é unidirecional. Além disso, a boca desses animais é dotada de uma língua muscular protáctil, que serve para capturar a presa.

· Sistema circulatório – Nos anfíbios, é fechado, uma vez que ocorre todo por meio de vazos, e incompleto, visto que os sangues venoso e arterial se misturam no coração (possui dois átrios e um ventrículo).

· Excreção – Os anfíbios apresentam uma espécie de rim, composta por inúmeros néfrons agrupados, que filtra o que deve ser eliminado do corpo.

· Classificação – Os anfíbios são divididos em três grupos: anuros, urodelos e ápodes.

o Os anuros são caracterizados por não possuírem calda durante a vida adulta. Alguns exemplos são sapos, pererecas e rãs.

o Os urodelos são representados pelas salamandras, tritões, entre outros. São anfíbios de corpo alongado e possuidores de calda.

o Os ápodes são assim chamados por não possuírem membros. Seu corpo é cilíndrico e seus olhos são reduzidos. Temos as cecílias e as cobras-cegas, por exemplo.